Silvonei José – Vatican News
"A maior doença da vida é a falta de amor, é não ser capaz de amar. E a cura mais importante é a dos afetos". Estas são palavras pronunciadas pelo Papa Francisco antes da oração mariana do Angelus ao meio-dia deste 13º Domingo do Tempo Comum, assomando à janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano, diante dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça de S. Pedro.
"Hoje, no Evangelho, Jesus depara-se com as nossas duas situações mais dramáticas, morte e doença”, disse o Papa. Delas ele liberta duas pessoas: uma menina, que morre enquanto o pai foi pedir ajuda a Jesus; e uma mulher, que perde sangue há muitos anos. Jesus deixa-se tocar pela nossa dor e morte, e realiza dois sinais de cura para nos dizer que nem a dor nem a morte têm a última palavra. Ele diz-nos que a morte não é o fim. Ele vence este inimigo, do qual não nos podemos libertar sozinhos”.
"A história desta mulher sem nome, na qual todos nós nos podemos ver, é exemplar", explicou o Papa Francisco. O texto diz que ela tinha feito muitas curas, "gastando todos os seus bens sem nenhuma vantagem", ao contrário, piorando". "A maior doença da vida é o câncer, a tuberculose, a pandemia? Não... disse o Papa. É a falta de amor é não conseguir amar. Esta pobre mulher estava doente pela falta de amor. E a cura mais importante é a dos afetos", disse Bergoglio.
“Também nós, quantas vezes nos lançamos em remédios errados para
satisfazer a nossa falta de amor”. “Pensamos que nos faz felizes.
o sucesso e o dinheiro, mas o amor não se compra é gratuito.
Refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto. Nós não nos aceitamos
como somos e escondemo-nos por detrás dos truques da exterioridade, mas
o amor não é aparência. Procuramos soluções em magos e gurus, para
depois nos encontrarmos sem dinheiro e sem paz”.
No entanto "refugiamo-nos no virtual, mas o amor é concreto", continuou o Papa.
Francisco disse ainda que muitas vezes “gostamos de ver as coisas más das outras pessoas. Quantas vezes caímos na tagarelice, que é mexericar sobre os outros. Que horizonte de vida é este"? "Não julgue a realidade pessoal e social dos outros", reiterou ele, "não julgue e deixe os outros viverem". "Olhe em seu redor: e verá que tantas pessoas que vivem ao seu lado sentem-se feridas e sozinhas, elas precisam de se sentir amadas. Dê o passo. Jesus lhe te pede um olhar que não se detém na exterioridade, mas vai ao coração; um olhar que não julga, deixemos de julgar os outros, Jesus nos pede-nos um olhar que não julga, mas acolhedor. Porque só o amor cura a vida. Que Nossa Senhora, finalizou o Papa Francisco, consoladora dos aflitos, nos ajude a levar uma caricia aos feridos no coração que encontramos np nosso caminho".
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