domingo, 30 de julho de 2023

O Papa confia a Maria os jovens da JMJ

 
  Jovens durante uma Jornada Mundial da Juventude  
 
Faltando poucos dias para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, Francisco pensa nos muitos jovens que irão a Portugal de todos os continentes e invoca para eles a proteção da Virgem que, depois da Anunciação, "levantou-se e partiu apressadamente".
 

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco irá a Lisboa, Portugal, em 02 de agosto, para a Jornada Mundial da Juventude.

Após a oração do Angelus, deste domingo (30/07), o Santo Padre recordou este grande evento juvenil que reúne milhões de jovens de todo o mundo.

Peço-lhes que me acompanhem com a oração na Viagem a Portugal, que farei a partir da próxima quarta-feira, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. Tantos jovens, de todos os continentes, experimentarão a alegria do encontro com Deus e com os irmãos, guiados pela Virgem Maria, que, após a anunciação, "levantou-se e partiu apressadamente". A Ela, estrela luminosa do caminho cristão, tão venerada em Portugal, confio os peregrinos da JMJ e todos os jovens do mundo.

Vatican News

O Papa: reconhecer as joias preciosas da vida e distingui-las das quinquilharias

 
  O Papa Francisco no Angelus deste domingo  (Vatican Media)  
 
No Angelus deste domingo, Francisco convidou a "não perder tempo e liberdade com coisas triviais, passatempos que nos deixam vazios por dentro, enquanto a vida oferece-nos todos os dias a pérola preciosa de um encontro com Deus e com os outros! É necessário saber reconhecê-la: discernir para encontrá-la". Jesus "é a pérola preciosa da vida".
 

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Fiéis de várias partes do mundo reuniram-se, na Praça de São Pedro, neste domingo (30/07), para a oração mariana do Angelus conduzida pelo Papa Francisco.

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice falou sobre o Evangelho, deste domingo, que "conta a parábola de um negociante que procurava pedras preciosas". Segundo Jesus, o negociante «ao encontrar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e compr-a». Então, o Papa deteve-se "nos gestos deste negociante, que primeiro procura, depois encontra e, por fim, compra".

"Primeiro passo: procurar. Trata-se de um negociante empreendedor que não fica parado, mas sai de casa e começa a procurar pérolas preciosas. Ele não diz: "Estou satisfeito com as que tenho", mas procura outras mais bonitas", disse o Papa, acrescentando:

Este é um convite a não nos fecharmos na rotina, na mediocridade de quem se contenta, mas a reavivar o desejo, para que o desejo de procurar, possa ir adiante, não se apague, cultivar sonhos de bem, procurar a novidade do Senhor, porque o Senhor não é repetitivo, ele traz sempre novidade, a novidade do Espírito faz sempre novas as realidades da vida. Nós devemos manter sempre a atitude de procurar.

"O segundo gesto do negociante é encontrar. Ele é uma pessoa arguta que "tem olho" e sabe reconhecer uma pérola de grande valor. Isto não é fácil", disse o Papa. Francisco convidou a pensar, "nos fascinantes bazares orientais, onde as barracas, cheias de mercadorias, amontoam-se ao longo dos muros das ruas cheias de pessoas; ou em algumas barracas que se veem em muitas cidades, cheias de livros e vários objetos. Às vezes, nesses mercados, se pararmos para olhar bem, podemos descobrir tesouros: coisas preciosas, volumes raros que, misturados com todo o resto, passam despercebidos à primeira vista. Mas o negociante da parábola tem um olho aguçado e sabe encontrar, sabe "discernir" para encontrar a pérola".

Isto é um ensinamento para nós: todos os dias, em casa, na rua, no trabalho, nas férias, temos a oportunidade de ver o bem. É importante ser capaz de encontrar o que importa: treinarmo-nos para reconhecer as joias preciosas da vida e distingui-las das quinquilharias. Não percamos tempo e liberdade com coisas triviais, passatempos que nos deixam vazios por dentro, enquanto a vida nos oferece todos os dias a pérola preciosa de um encontro com Deus e com os outros! É necessário saber reconhecê-la: discernir para encontrá-la

O último gesto do negociante: compra a pérola. "Percebendo o seu imenso valor, ele vende tudo, sacrifica todos os bens para tê-la. Muda radicalmente o inventário do seu depósito; não há mais nada além daquela pérola: é a sua única riqueza, o sentido do seu presente e do seu futuro", disse o Papa, acrescentando:

Isto também é um convite para nós. Mas o que é esta pérola pela qual tudo se pode renunciar, aquela de que nos fala o Senhor? Essa pérola é Ele mesmo. É o Senhor! Procurar o Senhor e achar o Senhor, encontrar o Senhor, viver com o Senhor. A pérola é Jesus: Ele é a pérola preciosa da vida, a ser procurada, encontrada e adquirida. Vale a pena investir tudo Nele porque, quando se encontra Cristo, a vida muda. Quando encontras Crista a tua vida muda.

A seguir, o Papa retomou "os três gestos do negociante - procurar, encontrar e comprar", e convidou cada um a fazer a si mesmo, as seguintes perguntas:

Procurar: estou, na minha vida, a procurar? Sinto-me no lugar, tranquilo, satisfeito ou treino o meu desejo de bem? Estou aposentado espiritualmente? Quantos jovens estão aposentados! Segundo gesto, encontrar: pratico o discernimento do que é bom e vem de Deus, sabendo renunciar ao que, ao contrário, deixa-me com pouco ou nada? Por fim, comprar: sei como gastar-me por Jesus? Ele está em primeiro lugar para mim? Ele é o maior bem da vida? Seria bom dizer hoje a Ele: "Jesus, és o meu maior bem". Que cada um diga no seu coração:  "Jesus, és o meu maior bem".

"Que Maria nos ajude a procurar, encontrar e abraçar Jesus com toda a nossa força", concluiu o Papa.

Vatican News

domingo, 23 de julho de 2023

Francisco no Angelus: cultivar os campos da vida sem julgar aquele do vizinho

 
  O Papa, da janela do Palácio Apostólico, junto a uma avó com o seu neto  
 
O Papa aprofunda a reflexão sobre a parábola do trigo e do joio proposta no Evangelho deste domingo (23) antes da oração mariana do Angelus. Ao descrever os três campos da vida que encontramos diariamente - do mundo, do coração e do vizinho -, o Pontífice exortou a procurar a obra de Deus para cultivar o bem em nós mesmos e também nos outros, sem a tentação de frequentes julgamentos e falta de paciência.
 

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Francisco, após presidir a missa especial na Basílica de São Pedro pelo III Dia Internacional dos Avós e dos Idosos, quando refletiu em homilia sobre as três histórias simples propostas no Evangelho deste domingo (23), voltou a recordar a parábola do trigo e do joio (cf. Mt 13,24-43) da janela do Palácio Apostólico. Antes da oração mariana do Angelus, o Pontífice aprofundou os diferentes "campos" que encontramos no nosso dia a dia, a começar por aquele do nosso mundo, onde Deus semeia tanto o trigo como o joio, "e por isso o bem e o mal crescem juntos":

"Vemos isto nos noticiários, na sociedade e também na família e na Igreja. E quando junto com o trigo bom vemos as ervas más, temos vontade de arrancá-las imediatamente para fazer uma 'limpeza'. Mas o Senhor hoje adverte-nos que é uma tentação: não se pode criar um mundo perfeito e não se pode fazer o bem destruindo apressadamente o que está errado, porque isso tem efeitos piores: acabamos - como se diz - 'a jogar fora o bebé junto com a água do banho'."

Há, no entanto, alertou o Papa, um segundo campo em que podemos e devemos fazer a limpeza: é o campo do coração, "o único sobre o qual podemos intervir diretamente". Ali também há trigo e joio, disse Francisco, e é de onde se espalham pelo grande campo do mundo:

"Para cultivá-lo (o campo do coração) adequadamente é preciso, por um lado, cuidar constantemente dos delicados brotos do bem e, por outro, identificar e erradicar as ervas daninhas no momento certo. Portanto, vamos olhar para dentro de nós e examinar um pouco o que está a acontecer, o que está a crescer em mim de bom e de mau. Há um belo método para fazer isto: aquilo que se chama exame de consciência, que é ver o que está a acontecer hoje na minha vida, o que atingiu o meu coração e quais as decisões que tomei. E isto serve justamente para verificar, à luz de Deus, onde estão as ervas daninhas e onde está a semente boa."

Mas Francisco ainda propôs a reflexão sobre o campo do vizinho, "das pessoas com as quais nos relacionamos todos os dias e que frequentemente julgamos", já que acaba por ser mais fácil reconhecer o joio delas do que o trigo que cresce. O Papa, finalizou a sua reflexão, então, lembrando que devemos "cultivar os campos da vida" procurando a obra de Deus: 

"Peçamos a graça de saber vê-lo em nós mesmos, mas também nos outros, começando por aqueles que estão próximos. Não se trata de um olhar ingénuo, mas de um olhar crente, porque Deus, agricultor do grande campo do mundo, ama ver o bem e fazê-lo crescer ao ponto de fazer da colheita uma festa! Portanto, ainda hoje podemos fazer a nós mesmos algumas perguntas. Pensando no campo do mundo: consigo vencer a tentação de 'fazer de cada erva um feixe', de limpar o campo dos outros com os meus julgamentos? Depois, pensando no campo do coração: sou honesto ao procurar em mim as plantas más e decidido jogá-las no fogo da misericórdia de Deus? E pensando no campo do vizinho: tenho a sabedoria de ver o que é bom sem me desanimar com as limitações e a lentidão dos outros?"

“Que a Virgem Maria nos ajude a cultivar com paciência o que o Senhor semeia no campo da vida: no meu campo, naquele do vizinho, no campo de todos.”

Vatican News

domingo, 16 de julho de 2023

Francisco: o Senhor livre a família humana do flagelo da guerra

 
 Pio XII e o bombardeamento de Roma (Vatican Media) 
 
No Angelus, o Papa relembra o bombardeamento há oitenta anos, no bairro romano de S. Lourenço. Denuncia que até hoje estas tragédias repetem-se e pergunta: "Como é possível? Será que perdemos a nossa memória?" Seguidamentge, reza pelo "querido povo ucraniano que sofre tanto"
 

Vatican News

Após a oração mariana do Angelus neste 16 de julho, XV Domingo do Tempo Comum, o Papa quis recordar "que há oitenta anos, em 19 de julho de 43, alguns bairros de Roma, especialmente S. Lourenço, foram bombardeados". O trágico aniversário foi para o Pontífice a ocasião, mais uma vez, para renovar o "não" à guerra e à perda da memória histórica.

"Será que perdemos nossa memória?"

"Infelizmente, até hoje estas tragédias repetem-se. Como é possível? Será que perdemos a nossa memória? Que o Senhor tenha piedade de nós e liberte a família humana do flagelo da guerra. Em particular, pedimos pelo querido povo ucraniano que está a sofrer tanto".

Esta é, de facto, a oração de Francisco, que também recordou a solícita proximidade com as vítimas demonstrada na época pelo Pontífice, que visitou as ruínas, os mortos e os feridos, cercado pelos romanos que o aplaudiram gritando paz.

O venerável Papa Pio II quis ir para o meio do povo chocado...

Na Cidade Eterna, 3 mil mortos e 11 mil feridos

Somente no bairro romano de S. Lourenço houve 717 mortos e 4 mil feridos, mas na cidade o número de mortos foi muito maior: 3 mil mortos e 11 mil feridos nos bairros Tiburtino, Prenestino, Casilino, Labicano, Tuscolano e Nomentano, que também foram bombardeados. Conforme testemunhado no local do Museu Histórico da Libertação, na Rua Tasso, 10 mil casas foram destruídas e 40 mil cidadãos ficaram sem-teto. Este foi o primeiro bombardeamento sobre Roma, no bairro San Lorenzo, em 19 de julho de 1943.

Vatican News

domingo, 9 de julho de 2023

Papa anuncia Consistório para 30 de setembro. Dom Américo Aguiar será cardeal

 
O Papa Francisco conduz a sua oração do Angelus dominical da janela do seu escritório com vista para a Praça de São Pedro, Cidade do Vaticano, 9 de julho de 2023. ANSA/RICCARDO ANTIMIANI
 
 
No final do Angelus o Papa Francisco anunciou o Consistório para a criação de novos cardeais, entre os quais Dom Américo Manuel ALVES AGUIAR, bispo auxiliar de Lisboa.
 

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Após rezar o Angelus, o Papa Francisco anunciou para setembro a realização de um Consistório para a criação de novos cardeais, o nono de seu Pontificado. O primeiro foi em 22 de fevereiro de 2014, seguiu-se o de 14 de fevereiro de 2015; 19 de novembro de 2016; 28 de junho de 2017; 28 de junho de 2018; 05 de outubro 2019; 28 de novembro de 2020; 27 de agosto de 2022.

Eis o anúncio:

"Queridos irmãos e irmãs, tenho o prazer de anunciar que no próximo dia 30 de setembro realizarei um Consistório para a criação de novos cardeais. A sua proveniência exprime a universalidade da Igreja, que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra. Além disso, a inclusão de novos cardeais na Diocese de Roma demonstra o vínculo inseparável entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares espalhadas pelo mundo. Eis os nomes dos novos Cardeais:

1 - Dom Robert Francis PREVOST, O.S.A. (EUA), Prefeito do Dicastério para os Bispos
2 - Dom Claudio GUGEROTTI (Itália), Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais
3 - Dom Víctor Manuel FERNÁNDEZ (Argentina), Prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé
4 - Dom Emil Paul TSCHERRIG (Suíça), Núncio Apostólico
5 - Dom Christophe Louis Yves Georges PIERRE (França), Núncio Apostólico
6 - Dom Pierbattista PIZZABALLA (Itália), Patriarca Latino de Jerusalém
7 - Dom Stephen BRISLIN, Arcebispo da Cidade do Cabo (África do Sul)
8 - Dom Ángel Sixto ROSSI, S.J., Arcebispo de Córdoba (Argentina)
9 - Dom Luis José RUEDA APARICIO, Arcebispo de Bogotá (Colômbia)
10 - Dom Grzegorz RYŚ, Arcebispo di Łódź (Polónia)
11 - Dom Stephen Ameyu Martin MULLA, Arcebispo de Juba (Sudão do Sul)
12 - Dom José COBO CANO, Arcebispo de Madri (Espanha)
13 - Dom Protase RUGAMBWA, Arcebispo coadjutor de Tabora (Tanzânia)
14 - Dom Sebastian FRANCIS, Bispo de Penang (Malásia)
15 - Dom Stephen CHOW SAU-YAN, S.J., Bispo de Hong Kong
16 - Dom François-Xavier BUSTILLO, O.F.M. Conv., Bispo de Ajaccio (França)
17 - Dom Américo Manuel ALVES AGUIAR, Bispo auxiliar de Lisboa (Portugal)
18 - Rvdo. Ángel FERNÁNDEZ ARTIME, s.d.b., Reitor-Mor dos Salesianos.

Juntamente com eles unirei aos membros do Colégio Cardinalício dois arcebispos e um religioso que se distinguiram pelo serviço à Igreja:

19 - Dom Agostino MARCHETTO (Itália), Núncio Apostólico 
20 - Dom Diego Rafael PADRÓN SÁNCHEZ, Arcebispo emérito de Cumaná (Venezuela)
21 -  Pe. Luis Pascual DRI, OFM Cap., confessor no Santuário de Nossa Senhora de Pompeia, Buenos Aires (Argentina)

Rezemos pelos novos cardeais, para que, confirmando a sua adesão a Cristo, Sumo Sacerdote misericordioso e fiel (cf. Hb 2, 17), me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o Santo Povo fiel de Deus."

Dom Américo Manuel ALVES AGUIAR, bispo auxiliar de Lisboa

Dom Américo Alvez Aguiar Nasceu em 12 de dezembro de 1973 em Leça do Balio, Matosinhos. Em 1995 ingressou no Seminário Maior do Porto; Concluiu os seus estudos académicos na Universidade Católica: primeiro Teologia (Porto) e depois um Mestrado em Ciências da Comunicação (Lisboa);

Em 2001 foi ordenado sacerdote por Dom Armindo Lopes Coelho;
2001/2002 - pároco de S. Pedro de Azevedo, Campanhã;
2001/2004 - Tabelião na Cúria Diocesana;
2002/2015 - Responsável pelo Escritório de Informação/Comunicação;
2002/2008 - Assistente Regional do Corpo Nacional de Escoteiros;
2004/2015 - Vigário Geral, Chefe de Gabinete dos Bispos do Porto e Capelão da Cúria Diocesana. e Capelão-Mor da Misericórdia do Porto;
2007/2015 - Vice-Reitor do Santuário Diocesano de Santa Rita (Ermesinde);
2014/2015 - Pároco in solidum da Catedral;

Foi membro do Cabido Portucalense de 2017 a fevereiro de 2019;
Foi Diretor da Secretaria Nacional de Comunicação Social de 7 de abril de 2016 a 1º de maio de 2019;
Nomeado pelo Papa Francisco, bispo auxiliar de Lisboa a 1 de março de 2019. Ordenado bispo titular de Dagno a 31 de março de 2019, na Igreja da Trindade, Porto; É Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. É Diretor do Departamento de Comunicação do Patriarcado de Lisboa.

Vatican News

segunda-feira, 3 de julho de 2023

O Papa: a Eucaristia abre-mos ao mundo, como Jesus nos ensinou

 
 
Na intenção de oração deste mês, confiada a toda a Igreja católica através da Rede Mundial de Oração do Papa, o Pontífice convida-nos a colocar a Eucaristia no centro das nossas vidas.
 

Vatican News

"Por uma vida eucarística" é o título do vídeo do Papa Francisco com a intenção de oração para este mês de julho.

Na mensagem de vídeo divulgada, nesta segunda-feira (03/07), o Santo Padre diz que "se ao sair da missa estás como entraste, alguma coisa não funciona". Na intenção de oração deste mês, confiada a toda a Igreja católica através da Rede Mundial de Oração do Papa, o Pontífice convida-nos a colocar a Eucaristia no centro das nossas vidas.

Ele convida-nos a olhar para esta celebração não como uma obrigação ritual, mas como um encontro com Jesus ressuscitado, pois "a Eucaristia é a presença de Jesus, é profundamente transformadora. Jesus vem e deve transformar-te".

Nela, é Cristo que se oferece, que se dá por nós, que nos convida para que a nossa vida seja alimentada por Ele e alimente a vida dos nossos irmãos.

Isto é o que acontece aos protagonistas do vídeo deste mês: três fiéis que, no final da Missa, levam a Eucaristia aos seus irmãos necessitados, fora da igreja, oferecendo e retribuindo esse amor e esse dom de si mesmos que receberam no sacramento. As cenas da vida quotidiana são ambientadas na cidade de Detroit, nos Estados Unidos. De facto, graças à ajuda da Arquidiocese de Detroit, realizou-se o Vídeo do Papa deste mês de julho.

A celebração da Eucaristia é um encontro com Jesus ressuscitado e, ao mesmo tempo, uma forma de nos abrirmos ao mundo, como Ele nos ensinou.

Segundo o Papa, "cada vez que participamos numa Eucaristia, Jesus vem e Jesus dá-nos a força para amar como Ele amou".

Francisco explica "a lógica da Eucaristia", que "nos dá a coragem de sair ao encontro, sair de nós mesmos e de nos abrirmos amorosamente aos demais".

Rezemos para que os católicos ponham no centro das suas vidas a celebração da Eucaristia, que transforma as relações humanas e abre ao encontro com Deus e com os irmãos.

Vatican News

domingo, 2 de julho de 2023

O Papa: os conflitos poderiam ser evitados e resolvidos ouvindo os outros

 
  
"Profeta é aquele que, em virtude do Batismo, ajuda os outros a ler o presente sob a ação do Espírito Santo. É muito importante ler o presente não como uma crónica, mas lê-lo como iluminado e sob a ação do Espírito Santo que ajuda a compreender os projetos de Deus e a corresponder a eles", disse Francisco no Angelus dominical. 
 

Mariangela Jaguraba - Vatican News

«Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta». Com esta frase de Jesus que fala sobre o profeta, extraída do capítulo 10, versículo 41 do Evangelho de Mateus, o Papa Francisco iniciou a alocução do Angelus do domingo, 2 de julho.

Da janela da residência pontifícia vaticana, o Santo Padre dirigiu-se aos fiéis na Praça de São Pedro e demais partes do mundo, fazendo a seguinte pergunta: "Mas quem é o profeta?"

"Há quem o imagine como uma espécie de mágico que prediz o futuro; esta é uma ideia supersticiosa e o cristão não acredita em superstições, como magia, cartas, horóscopos ou coisas semelhantes. Mas, a propósito, muitos, muitos cristãos procuram que lê as palmas das mãos! Por favor! Outros retratam o profeta apenas como um personagem do passado, que existiu antes de Cristo para preanunciar a sua vinda", disse ainda Francisco, acrescentando que "o próprio Jesus fala hoje da necessidade de acolher os profetas; portanto, eles ainda existem, mas quem são? Quem é o profeta?"

Profeta, irmãos e irmãs, é cada um de nós: de facto, com o Batismo, todos nós recebemos o dom e a missão da profecia. Profeta é aquele que, em virtude do Batismo, ajuda os outros a ler o presente sob a ação do Espírito Santo. É muito importante ler o presente não como uma crónica, mas lê-lo como iluminado e sob a ação do Espírito Santo que ajuda a compreender os projetos de Deus e a corresponder a eles. Por outras palavras, o profeta é aquele que indica aos outros Jesus, que dá testemunho dele, que ajuda a viver o hoje e a construir o amanhã de acordo com os seus desígnios. Portanto, todos nós somos profetas, testemunhas de Jesus «para que a força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social».

Segundo o Pontífice, "o profeta é um sinal vivo que indica Deus aos outros, o profeta é um reflexo da luz de Cristo no caminho dos irmãos. Assim, podemo-nos perguntar, cada um de nós: eu, que fui "eleito profeta" no Batismo, falo e, sobretudo, vivo como testemunha de Jesus? Levo um pouco da sua luz na vida de alguém? Eu verifico-ne quanto a isto? Eu onterrogo-me: como está o meu testemunho, como está minha profecia?"

"No Evangelho, o Senhor também pede para acolher os profetas", recordou o Papa. "Por isso, é importante acolher-nos como tais, como portadores de uma mensagem de Deus, cada um segundo o seu status e vocação, e fazê-lo onde vivemos, ou seja, na família, na paróquia, nas comunidades religiosas, nas outras áreas da Igreja e da sociedade. O Espírito distribuiu dons de profecia no santo povo de Deus: por isso é bom ouvir a todos", sublinhou.

Por exemplo, quando se deve tomar uma decisão importante, é bom primeiro rezar, invocar o Espírito, mas depois escutar e dialogar, na confiança de que todos, mesmo o mais pequenino, têm algo importante a dizer, um dom profético para partilhar. Assim se busca a verdade e se difunde um clima de escuta de Deus e dos irmãos, no qual as pessoas não se sentem acolhidas apenas se dizem aquilo que eu gosto, mas se sentem acolhidas e valorizadas como dons pelo que são.

A seguir, Francisco pediu para pensar "em quantos conflitos poderiam ser evitados e resolvidos assim, ouvindo os outros com o desejo sincero de se entender"! Convidou a todos a fazerem as seguintes perguntas individualmente: "Sei acolher os irmãos e irmãs como dons proféticos? Acredito que preciso deles? Escuto-os com respeito, com o desejo de aprender? Porque cada um de nós precisa de aprender com os outros."

"Que Maria, Rainha dos Profetas, nos ajude a ver e acolher o bem que o Espírito semeou nos outros", concluiu.

Vatican News