domingo, 28 de fevereiro de 2021

Domingo II da Quaresma: “Quando a caridade acontece, a realidade transfigura-se”

 

 

Neste Domingo que assinala o início da Semana Cáritas, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou o trabalho que esta organização da Igreja tem “prestado e redobrado”, sobretudo neste tempo de pandemia, a nível nacional e a nível das diferentes dioceses. “Nesta semana, vamos estar especialmente atentos a tudo o que a nossa Cáritas faz, para bem de tanta gente. Atentos, no sentido mais positivo do termo, pela oração e também pela participação material para que a resposta possa ser cabal e tudo o que há de ser para satisfazer tantas necessidades que presentemente acorrem”, encorajou D. Manuel Clemente na Missa deste Domingo, na Igreja de Cristo Rei da Portela. 

Contributo para a paz

Nesta celebração que foi transmitida pela RTP1, o Cardeal-Patriarca sublinhou a importância da viagem que o Papa Francisco vai fazer nos próximos dias, entre 5 e 8 de março, ao Iraque e onde passará por “terras onde a aventura de Abraão começou”. Partindo da primeira leitura, precisamente sobre a história de Abraão e do sacrifício de seu filho Isaac, D. Manuel Clemente sublinhou a importância desse acontecimento. “É uma visita onde não faltam perigos, mas o Papa quer lá ir, não só para confortar os poucos cristãos que lá sobram, mas também para tentar, mais uma vez, reforçar esta presença junto de todos e com todos, mais concretamente com os muçulmanos que, lá, são maioritários”. Que esse diálogo “seja um contributo para a paz que todos nós esperamos ver realizada, naqueles povos e não só”, desejou. 
A figura de Abraão foi também referida como atual e “determinante” porque “é um exemplo acabado do que é ser uma pessoa de fé, uma pessoa com fé”. “A fé é uma total confiança em Deus e uma total disponibilidade para o que Deus nos peça, certos de que, com Deus, tudo se consegue, não tanto como nós preveríamos, mas como Deus quer, ou seja, da melhor maneira”, apontou D. Manuel Clemente. “Quem dá tudo a Deus recebe muito mais do que poderia imaginar. Este é que é o ponto da fé e onde as coisas de Deus têm abertura e ocasião para acontecer no mundo”, reforçou.

Entrega total
Neste segundo Domingo do tempo litúrgico da Quaresma, o Evangelho de São Marcos apresentou o episódio da Transfiguração de Jesus, no Monte Tabor. Para o Cardeal-Patriarca de Lisboa, “não faltam sinais de transfiguração neste mundo”, “sinais de realidades que, com Jesus Cristo, aparecem na sua verdadeira beleza, na sua inteireza” e que se traduzem em “caridade”. “Quando a caridade acontece e o Espírito atua, a realidade transfigura-se porque o amor vai além daquilo que seria imediatamente agradável ou necessário. O amor é completamente gratuito porque quando o Filho de Deus se oferece por nós, na cruz, este amor total é transfigurado, ressuscitado e ressuscitador”, sublinhou.
Na homilia desta celebração, o Cardeal-Patriarca apelou também a uma “entrega total” aos outros. Dessa forma, “a Ressurreição começa”, assegurou. “Se Ele se manifesta de uma maneira tão forte, tão verdadeira, tão constante, pela sua transfiguração, em tantos sinais que se nos aparecem na vida”, “então esta transfiguração constante de Jesus não é uma história de há 2 mil anos, mas é uma presença agora, é uma vida inteira, é uma Páscoa possível, com Deus, com os outros, como Jesus nos oferece, na Sua cruz”, concluiu. 

Patriarcado de Lisboa

O Papa no Angelus: devemos ter cuidado com a preguiça espiritual

 

 O Papa Francisco durante o Angelus deste domingo 

 

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Na oração mariana do Angelus, deste II Domingo da Quaresma (28/02), o Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia, no qual Jesus transfigurou-se diante de três dos seus discípulos.

“Pouco antes, Jesus tinha anunciado que, em Jerusalém, iria sofrer muito, seria rejeitado e condenado à morte. Podemos imaginar o que deve ter acontecido então no coração dos seus amigos, daqueles amigos íntimos, os seus discípulos: a imagem de um Messias forte e triunfante é colocada em crise, os seus sonhos são partidos e a angústia aumenta ao pensar que o Mestre em que acreditaram seria morto como o pior dos malfeitores. Naquele momento, com aquela angústia da alma, Jesus chama Pedro, Tiago e João e leva-os consigo para a montanha”, ressaltou o Pontífice.

Subir ao monte é aproximar-mo-nos um pouco de Deus

O Evangelho diz: “Ele os levou sobre uma alta montanha”.

Na Bíblia, a montanha tem sempre um significado especial: é o lugar elevado, onde o céu e a terra se tocam, onde Moisés e os profetas tiveram a experiência extraordinária de encontrar Deus. Subir ao monte é aproximar-mo-nos um pouco de Deus. Jesus sobe para o alto junto com os três discípulos e eles detêm-se no topo da montanha. Aqui, Ele transfigura-se diante deles. O seu rosto radiante e as suas vestes resplandecentes, que antecipam a imagem como Ressuscitado, oferecem àqueles homens assustados, a luz, a luz da esperança, a luz para atravessar as trevas: a morte não será o fim de tudo, porque abrir-se-á para a glória da Ressurreição. Jesus anuncia a sua morte, leva-os ao monte e mostra-lhes o que acontecerá depois da ressurreição.

Ir além dos nossos esquemas e critérios deste mundo

Como exclamou o apóstolo Pedro, é bom ficarmos com o Senhor no monte, viver esta «antecipação» da luz no coração da Quaresma. É um convite para nos lembrar, especialmente quando passamos por uma prova difícil, e muitos de vós sabem o que significa atravessar uma prova difícil, recordar que o “Senhor Ressuscitou e não permite que as trevas tenham a última palavra”, disse ainda o Papa, acrescentando:

Às vezes acontece que passamos por momentos de escuridão na nossa vida pessoal, familiar ou social, e tememos que não haja uma saída. Sentimo-nos assustados diante de grandes enigmas como a doença, a dor inocente ou o mistério da morte. No mesmo caminho de fé, muitas vezes tropeçamos quando encontramos o escândalo da cruz e as exigências do Evangelho, que nos pede para dedicar a vida ao serviço e perdê-la no amor, em vez de preservá-la para nós mesmos e defendê-la. Precisamos, então, de outro olhar, uma luz que ilumine em profundidade o mistério da vida e nos ajude a ir além dos nossos esquemas e dos critérios deste mundo. Também somos chamados a subir a montanha, a contemplar a beleza do Ressuscitado que acende vislumbres de luz em cada fragmento da nossa vida e nos ajuda a interpretar a história a partir da vitória pascal.

Cuidado com a preguiça espiritual

“Mas tenhamos cuidado”, pois as palavras “de Pedro ‘é bom para nós ficarmos aqui’ não devem tornar-se uma preguiça espiritual”, advertiu Francisco. “Não podemos permanecer na montanha e desfrutar sozinhos a beatitude deste encontro. O próprio Jesus leva-nos de volta ao vale, entre os nossos irmãos e irmãs e na vida quotidiana”, frisou o Papa.

Devemos ter cuidado com a preguiça espiritual: nós estamos bem, com as nossas orações e liturgias, e isto é suficiente para nós. Não! Subir a montanha não é esquecer a realidade. Rezar nunca é fugir das fadigas da vida. A luz da fé não é para uma bela emoção espiritual. Não! Esta não é a mensagem de Jesus. Somos chamados a experimentar o encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, possamos levá-la e fazê-la brilhar em todos os lugares. Acender pequenas luzes nos corações das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que levam um pouco de amor e esperança: esta é a missão do cristão.

O Papa concluiu, pedindo a Maria Santíssima “que nos ajude a acolher com admiração a luz de Cristo, a guardá-la e a partilhá-la”.

Vatican News

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Semana Nacional Cáritas - 2021 “A caridade é o impulso do coração”

 
 

Este ano, a Semana Nacional Cáritas, que decorre entre 28 de fevereiro e 7 de março, reinventa-se para chegar a todo o país, através da transmissão online de várias iniciativas, e procura motivar ações de voluntariado nas paróquias que possam dar resposta a “necessidades urgentes”. 

‘É o amor que transforma’ foi o lema escolhido pela Cáritas Portuguesa – que este ano assinala 65 anos – para a Semana Nacional Cáritas que tem início este Domingo, 28 de fevereiro, às 10h30, com a Eucaristia presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, na Igreja de Cristo-Rei da Portela, que vai ser transmitida, em direto, pela RTP1. Para este Domingo II da Quaresma, às 15h30, a organização tem prevista uma ‘Tertúlia’, com testemunhos de algumas Cáritas Paroquiais da Diocese de Lisboa. Na quinta-feira, dia 4 de março, às 21h30, vai decorrer uma Vigília de oração, animada pela Pastoral Juvenil da diocese. Estas iniciativas vão poder ser acompanhadas pelo site e redes sociais do Patriarcado de Lisboa (Facebook e YouTube) e pela página da Cáritas Portuguesa no Facebook.
O dia 6 de março, sábado, está reservado a ações de voluntariado, organizadas pelas Cáritas Paroquiais, com o objetivo de responder a “necessidades urgentes previamente sinalizadas pelas paróquias”, explica uma informação divulgada pela Cáritas Diocesana de Lisboa.

O encerramento da Semana Nacional Cáritas vai ser assinalado no Domingo, 7 de março, às 11h00, com uma Missa presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa na paróquia do Parque das Nações e com transmissão televisiva pela TVI. Ainda no mesmo dia, pelas 18h00, está prevista a realização de uma conferência online sobre a encíclica ‘Fratelli Tutti’, do Papa Francisco, e que conta com a participação do padre José Manuel Pereira de Almeida, assistente da Cáritas de Lisboa, Juan Ambrósio e Inês Espada Vieira, ambos docentes da Universidade Católica Portuguesa.

 

 
Na linha da frente
O Presidente da República elogiou, esta semana, o papel da Cáritas na resposta à pandemia através de uma mensagem vídeo em que também assinala os 65 anos desta instituição da Igreja Católica. “A rede Cáritas tem estado na linha da frente do combate aos efeitos sociais da pandemia e mobilizado, de uma forma discreta, meios para que ninguém fique sem resposta”, destaca Marcelo Rebelo de Sousa.
Na mensagem, o Chefe de Estado sublinha que, apesar de todas as restrições provocadas pelo confinamento, esta Semana Nacional Cáritas, que decorre, sobretudo, online, “não afasta aquilo que é a Cáritas: solidariedade, generosidade, mas proximidade”. “A Cáritas quer olhar para o futuro, e pede-nos que partilhemos o apoio às suas causas de futuro”, acrescenta.
O Presidente da República lembra ainda todos os profissionais e voluntários das Cáritas de todo o país que, entre março e dezembro de 2020, apoiaram mais de 10 mil pessoas. “Quero saudar os mais de 1500 profissionais e mais de 1500 voluntários que, todos os dias, semana após semana, integram a rede de proximidade e solidariedade. Abraço-vos a todos, agradecendo estes 65 anos”, declara.

 

NOTA: Se estiver a utilizar o seu TELEMÓVEL e não conseguir aceder ao VIDEO contido nesta página, clique no link abaixo:

“Afinco e determinação”
Através de uma informação divulgada por ocasião da Semana Nacional Cáritas, a Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL) anunciou que, entre janeiro de 2020 e o início do mês de fevereiro deste ano, doou
735 mil euros às Paróquias, Centros Sociais Paroquiais e Cáritas Paroquiais para dar resposta urgente ao “agravamento da situação de pobreza e exclusão de muitos” e ao “abrupto surgimento de novos pobres”. Neste acompanhamento a 1100 famílias por mês, “a CDL tem procurado potenciar e dinamizar a ajuda a quem mais precisa, para que ninguém fique retido em nenhuma lista de espera, e vai continuar a fazê-lo com o mesmo afinco e determinação”, assegura a instituição do Patriarcado que, durante o mesmo período recebeu 392.251 euros em donativos.
No sentido de continuar a dar resposta às “consequências gravosas desta pandemia, na economia de tantas famílias”, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, destinou a Renúncia Quaresmal deste ano 2021 à Cáritas de Lisboa. Assim, a entrega da renúncia pode ser feita diretamente ou através da paróquia, até ao próximo dia 11 de abril, para o IBAN PT50003300004544795746905.

Patriarcado de Lisboa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

"À Quinta Acontece!"

 


 
Dentro de três dias "À Quinta Acontece!".
Desta vez, o que será que acontece?
 
Entre a partir da página do Facebook da Paróquia de Alenquer:
 


Palavra-Passe: 1234
 
Paróquia de Alenquer