Numa entrevista à Agência Ecclesia, o casal responsável pela Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa, Regiani e Tiago Líbano Monteiro, fala da receção do documento do Papa dedicado às famílias.
Os responsáveis pelo Departamento de Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa destacam que a exortação do Papa ‘Amoris Laetitia’ (A Alegria do Amor) “foi um documento muito importante” e agora é “sedimentar”, num ano especial que começa esta sexta-feira. “Veio dar um novo alento e veio dar uma importância a um conjunto alargado de temas muito importantes para a família e recentrar o tema da família que foi fundamental”, disse Tiago Líbano Monteiro.
A 27 de dezembro de 2020, dia em que a Igreja Católica celebrou a festa
litúrgica da Sagrada Família, o Papa anunciou o ano especial ‘Família
Amoris Laetitiae’ que vai começar esta sexta-feira, 19 de março,
assinalando o 5.º aniversário da exortação ‘A Alegria do Amor’. Regiani
Líbano Monteiro explica que nos primeiros anos sentiram que existiu uma
“mexida muito grande” na Pastoral da Família com a exortação que, agora,
é necessário “sedimentar”.
“Mudaram
várias coisas, mas uma coisa é pensar como é que vamos mudar e outra
coisa é vermos no terreno as coisas a mudar. É totalmente oportuno
voltar a esta exortação, voltar ao tema, por que é um caminho que se tem
que fazer”, desenvolveu Tiago Líbano Monteiro. Neste contexto,
acrescenta que têm que sentir que isso muda suas “as vidas” e na Igreja,
nas paróquias, nos movimentos, “é preciso que depois mude, é um
caminho”.
O Papa Francisco publicou a 8 de abril
de 2016 a sua exortação apostólica sobre a Família, ‘Amoris laetitia’
(A Alegria do Amor), uma reflexão com nove capítulos, mais de 300
pontos, que recolhe as propostas de duas assembleias do Sínodo dos
Bispos (2014 e 2015) e dos inquéritos aos católicos de todo o mundo.
Segundo
Regiani Líbano Monteiro, sentiram “uma grande lufada de ar fresco” pela
Igreja Católica querer ouvir o que as famílias tinham para dizer e que
participassem “dessa discussão”.
O
casal responsável pelo Departamento de Pastoral Familiar do Patriarcado
de Lisboa recorda que há cinco anos ainda não estava neste
departamento, mas acompanharam “bastante esta fase”, o pré-sínodo, o
Sínodo da Família e a exortação do Papa Francisco. Tiago salienta que
“foi um documento muito importante” e adianta que na sua Equipa de
Casais de Nossa Senhora estudaram a ‘Amoris Laetitia’, “dividida por
capítulos”, durante um ano.
No
último ano, a pandemia Covid-19 também afetou o trabalho da Pastoral
Familiar e Regiani Líbano Monteiro destaca que as plataformas online e
as diversas ferramentas na internet foram “uma mais-valia muito grande”,
apontando como exemplo os webinars (conferência online com intuito
educacional) sobre “educação”, ou o ‘terço em família’ no início de
fevereiro deste ano. “Sentimos uma resposta muito grande das pessoas,
houve uma adesão muito grande, há um cansaço do online, mas, ao mesmo
tempo, uma necessidade”, acrescentou.
Por
seu lado, Tiago Líbano Monteiro acrescenta que “nada substitui a
relação pessoal, e isso sente-se”, mas tiveram “milhares de pessoas a
assistir” aos webinars e ao Terço também, quando num evento em algum
sítio não conseguiriam “tanta gente”.
Ecclesia
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