quarta-feira, 28 de outubro de 2020

À conversa com os seminaristas

 


Queridos amigos das nossas paróquias de Ota e Abrigada!!!

Estamos todos convidados a participar neste encontro, a realizar-se no dia 1 de Novembro, primeiro dia da Semana de Oração pelos Seminários. Será um diálogo com alguns seminaristas do Seminário dos Olivais, que se reunirão connosco através da Internet. Darão o seu testemunho e estão prontos a responder às nossas questões. Poderemos fazer-nos presentes na Igreja Paroquial de Abrigada, às 16 horas, ou pelo "Zoom". Venham e tragam perguntas para eles!

Um abraço em Cristo!!! 

Pe. Tiago Roque

 

domingo, 25 de outubro de 2020

Francisco: só o amor é o caminho para a plena comunhão entre nós

20.10.2020:
 
 
“Salve-se a si mesmo!” “Trata-se duma tentação crucial que ameaça a todos, mesmo a nós cristãos: a tentação de pensar só em nos defendermos ou ao próprio grupo, pensar apenas nos próprios problemas e interesses", disse o Papa em sua homilia.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

“Rezar juntos é uma dádiva.” Assim, o Papa Francisco iniciou a sua homilia no encontro de Oração pela Paz no Espírito de Assis, na Basílica de Santa Maria em Aracoeli, em Roma, na tarde desta terça-feira (20/10), para recordar o encontro convocado por São João Paulo II, em 1986, em Assis. A iniciativa foi promovida pela Comunidade de Santo Egídio.

O Pontífice agradeceu, em particular, a presença do Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, e do presidente do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha, Heinrich Bedford-Strohm.

Tentação de pensar só em defender-mo-nos

Na sua homilia, o Papa recordou o trecho da Paixão do Senhor. Enquanto Jesus vive o momento mais elevado da dor e do amor, muitos, sem piedade, diziam-lhe: “Salve-se a si mesmo!” “Trata-se duma tentação crucial que ameaça a todos, mesmo a nós cristãos: a tentação de pensar só em defender-mo-nos ou ao próprio grupo, pensar apenas nos próprios problemas e interesses, quando tudo o mais não importa. É um instinto muito humano, mas mau, e constitui o último desafio a Deus crucificado”, frisou o Papa.

“Salve-se a si mesmo!” Os primeiros a dizê-lo são «os que passavam». Eram pessoas comuns, que ouviram Jesus falar e fazer prodígios. Agora dizem-lhe: «Salve-te a ti mesmo, desce da cruz». “Não tinham compaixão, mas desejo de milagres, de o ver descer da cruz”, disse Francisco, acrescentando:

Talvez nós também preferimos às vezes um deus espetacular em vez de compassivo, um deus poderoso aos olhos do mundo, que se impõe pela força e dispersa quantos nos querem mal. Mas este não é Deus; é o nosso eu. Quantas vezes queremos um deus à nossa medida, em vez de nos configurarmos à medida de Deus; um deus como nós, em vez de nos tornarmos como Ele! Mas, desta forma, preferimos o culto do eu à adoração de Deus. É um culto que cresce e alimenta-se mediante a indiferença para com o outro. De facto, àqueles que passavam, só lhes interessava Jesus para satisfazer os seus desejos. Mas assim reduzido a um desperdício na cruz, já não lhes interessava. Estava diante dos seus olhos, mas longe do seu coração. A indiferença mantinha-os longe do verdadeiro rosto de Deus.

Não descarregar o mal sobre os outros

Os segundos a dizerem “Salve-te a ti mesmo” são os príncipes dos sacerdotes e os escribas. “Foram os mesmos que condenaram Jesus, porque representava um perigo para eles.

“Mas todos somos especialistas em colocar os outros na cruz, contanto que nos salvemos a nós mesmos. Pelo contrário, Jesus deixa-se crucificar, para nos ensinar a não descarregar o mal sobre os outros.”

Aqueles líderes religiosos tomavam os outros como motivo para o acusar: «Salvou os outros, mas não pode salvar-se a si mesmo!». Conheciam Jesus, lembravam-se das curas e libertações por Ele realizadas e fazem uma dedução maliciosa: insinuam que salvar, socorrer os outros não traz bem algum; Ele que tanto se prodigalizou pelos outros, perde-se a si mesmo! A acusação é feita em tom de escárnio e serve-se de termos religiosos, usando duas vezes o verbo salvar. Mas o «evangelho» do salve-se a si mesmo não é o Evangelho da salvação. Antes, é o evangelho apócrifo mais falso, que coloca as cruzes nos ombros dos outros. O Evangelho verdadeiro assume as cruzes dos outros.”

Pensar apenas no eu é o pai de todos os males

“Salve-se a si mesmo”. Até mesmo aqueles que foram crucificados com Jesus unem.se ao ambiente de desafio contra Ele.

“Como é fácil criticar, falar contra, ver o mal nos outros e não em nós mesmos, chegando-se ao ponto de descarregar as culpas sobre os mais fracos e marginalizados!”

"Mas, por que motivo aqueles crucificados atacam Jesus? Procuram Jesus somente para resolver os problemas deles”, disse o Papa.

Mas Deus vem não tanto para nos livrar dos problemas, que sempre reaparecem, como sobretudo para nos salvar do verdadeiro problema: a falta de amor. Esta é a causa profunda dos nossos males pessoais, sociais, internacionais, ambientais. Pensar apenas no eu é o pai de todos os males. Mas um dos malfeitores põe-se a observar Jesus, admirando n’Ele, a amorosa mansidão. E obtém o Paraíso, ao fazer apenas uma coisa: deslocar a atenção de si mesmo para Jesus, de si mesmo para Quem estava ao seu lado.

Da cruz, brotou o perdão, renasceu a fraternidade

Segundo o Papa, “no Calvário aconteceu o grande duelo entre Deus que veio salvar-nos e o homem que quer salvar-se a si mesmo, entre a fé em Deus e o culto do eu, entre o homem que acusa e Deus que desculpa. E chegou a vitória de Deus; a sua misericórdia desceu sobre o mundo. Da cruz, brotou o perdão, renasceu a fraternidade: «A cruz torna.na-nos irmãos». Os braços de Jesus, abertos na cruz, assinalam uma mudança radical, porque Deus não aponta o dedo contra ninguém, mas abraça a cada um. Pois só o amor apaga o ódio, só o amor vence completamente a injustiça. Só o amor dá espaço ao outro. Só o amor é o caminho para a plena comunhão entre nós”.

Francisco concluiu, convidando todos a pedirem “a Deus crucificado a graça de sermos mais unidos, mais fraternos. Quando nos sentirmos tentados a seguir as lógicas do mundo, recordemos as palavras de Jesus: «Quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la». Quanto mais estivermos agarrados ao Senhor Jesus, tanto mais seremos abertos e «universais», porque nos sentiremos responsáveis pelos outros”.

Vatican News

sábado, 17 de outubro de 2020

A Cruz, o caminho, o Terço e Maria marcam logotipo da JMJ Lisboa 2023

 

A Cruz de Cristo, como elemento central, atravessada por um caminho, onde surge o Espírito Santo, o Terço e o rosto de Maria: é assim o logotipo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, que foi revelado na manhã desta sexta-feira, 16 de outubro, e que é ainda marcado pelas cores da bandeira portuguesa (verde, vermelho e amarelo).

O novo logo é da autoria de Beatriz Roque Antunes, uma jovem designer de 24 anos, natural de Lisboa, que estudou Design em Londres e que, atualmente, trabalha numa agência de comunicação na capital portuguesa. “Como nos diz a passagem que é o tema da JMJ Lisboa 2023, Maria não se acomoda e vai visitar a prima. É esse o convite aos jovens: que não se acomodem, que façam acontecer, que construam e não deixem o destino do mundo nas mãos dos outros. Precisamos todos que os jovens tomem o mundo nas suas mãos”, salienta a vencedora do concurso que elegeu o logo, num comunicado divulgado pelo COL (Comité Organizador Local) da JMJ Lisboa 2023.

A proposta vencedora foi escolhida num concurso internacional, promovido pelo COL, que contou com a participação de centenas de candidatos, provenientes de 30 países dos cinco continentes. “A triagem inicial dos trabalhos foi feita por uma equipa de académicos da Universidade Católica Portuguesa que selecionou as 21 melhores propostas. Estas foram depois avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação, provenientes de agências comunicação presentes em Portugal, que elegeram três finalistas. Coube depois ao Dicastério para os Leigos, Família e Vida selecionar a proposta vencedora”, informa a nota oficial.

O novo logotipo da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, inspirado no tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39), tem a Cruz como elemento central. “Esta é atravessada por um caminho onde surge o Espírito Santo. Trata-se de um convite aos jovens para que não se acomodem e sejam protagonistas da construção de um mundo mais justo e fraterno”, frisa o comunicado.

Cruz

A Cruz de Cristo, sinal do amor infinito de Deus pela humanidade, é o elemento central, de onde tudo nasce.

Caminho

Tal como indica o relato da Visitação que dá tema à JMJ Lisboa 2023, Maria parte, pondo-se a caminho para viver a vontade de Deus, e dispondo-se a servir Isabel. Este movimento sublinha o convite feito aos jovens para renovarem ‘o vigor interior, os sonhos, o entusiasmo, a esperança e a generosidade’ (Christus Vivit, 20). A acompanhar o caminho surge, ainda, uma forma dinâmica que evoca o Espírito Santo. 

Terço

A opção pelo terço celebra a espiritualidade do povo português na sua devoção a Nossa Senhora de Fátima. Este é colocado no caminho para invocar a experiência de peregrinação que é tão marcante em Portugal.

Maria

Maria foi desenhada jovem para representar a figura do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) e potenciar uma maior identificação com os jovens. O desenho exprime a juvenilidade própria da sua idade, característica de quem ainda não foi mãe, mas carrega em si a luz do mundo. Esta figura aparece levemente inclinada, para mostrar a atitude decidida da Virgem Maria.


Informações: www.lisboa2023.org

 

Voz da Verdade