quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Papa: justificados pela graça, sejamos ativos no amor a Deus e ao próximo

 
 
 
Na sua catequese semanal, Francisco falou de um tema “difícil, mas importante”: o da justificação. Se a justificação é a consequência da misericórdia de Deus, sejamos misericordiosos para com o próximo.
 

Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

O Papa Francisco reuniu-se na manhã desta quarta-feira com milhares de fiéis na Sala Paulo VI para a Audiência Geral.

Após a parentese na semana passada para recordar a sua viagem a Budapeste e Eslováquia, na catequese de hoje o Pontífice retomou o ciclo sobre a Carta aos Gálatas e comentou um tema que ele mesmo definiu como “difícil, mas importante”: o da justificação.

“O que é a justificação? Nós, como pecadores, tornamo-nos justos. Quem nos fez justos? Este processo de transformação é a justificação. Nós, diante de Deus, somos justos.”

Certamente somos pecadores, “mas na base somos justos”, explicou Francisco, e quem nos justificou foi Jesus Cristo.

A bondade de Deus

Paulo insiste no facto de que a justificação vem da fé em Cristo. No seu pensamento, a justificação é a consequência da “misericórdia de Deus que oferece o perdão”. “E este é o nosso Deus, assim tão bom! Misericordioso, paciente e repleto de misericórdia, que continuamente oferece o perdão. Continuamente.

De facto, através da morte de Jesus, Deus destruiu o pecado e deu-nos o perdão e a salvação de uma forma definitiva. Assim justificados, os pecadores são acolhidos por Deus e reconciliados com Ele.

É como um regresso à relação original entre o Criador e a criatura, antes que interviesse a desobediência do pecado. Portanto, a justificação que Deus realiza permite que recuperemos a inocência perdida com o pecado. E isto ocorre “por pura graça, não pelos nossos méritos”. Cristo pagou por todos nós, através da sua morte e ressurreição.

Responder ao Amor com amor

Todavia, isto não significa que, para Paulo, a Lei mosaica já não tenha valor; pelo contrário. Inclusive para a nossa vida espiritual é essencial observar os mandamentos, mas também aqui não podemos confiar na nossa própria força: a graça de Deus que recebemos em Cristo é fundamental. Dele recebemos aquele amor gratuito que nos permite, pelanossa vez, amar de modo concreto.

E não só: a resposta da fé exige que sejamos ativos no amor a Deus e no amor ao próximo. Isto requer de nós colaboração, conjugar a graça que recebemos com as nossas obras de misericórdia.

Francisco citou novamente o estilo de Deus, que resumiu em três atitudes: proximidade, compaixão e ternura.

“E a justificação é justamente a maior proximidade Deus para connsco, homens e mulheres, a maior compaixão de Deus para connosco, homens e mulheres, a maior ternura do Pai. A justificação é este dom de Cristo, da morte e ressurreição de Cristo que nos torna livres. (…) Permitam-me a palavra: somos santos na base. Mas depois, com a nossa obra, tornamo-nos pecadores. Mas na base somos santos.”

E o Papa concluiu:

“Vamos em frente com esta confiança: todos fomos justificados, somos justos em Cristo. Devemos aplicar aquela justiça com as nossas obras.”

A proteção dos Santos Arcanjos

No final da Audiência, na sua saudação em várias línguas, o Papa recordou hoje a memória litúrgica dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

"Confiemo-nos de modo especial à proteção dos santos Arcanjos: Miguel, que combate satanás e os espíritos malignos; Gabriel, que leva a boa nova do Senhor; e Rafael, que cura e acompanha na procura do bem. Com a sua ajuda, sejam também vós mensageiros da graça e da misericórdia do Senhor."

Paz na Nigéria

Francisco fez também um apelo em prol da paz na Nigéria, depois dos ataques fe domingo passado contra os vilarejos de Madamai e Abun, no norte do país. "Rezo por quem perdeu a vida, por quem ficou ferido e por toda a população nigeriana. Faço votos de que seja sempre garantida no país a incolumidade de todos os cidadãos."

Vatican News

domingo, 26 de setembro de 2021

O Papa: comunidades abertas e humildes evitam males

 
 
 
“Cada fechamento mantém à distância os que não pensam como nós. Isto é a raiz de tantos dos grandes males da história: do absolutismo que muitas vezes gerou ditaduras e de tanta violência contra os que são diferentes”. Palavras do Papa Francisco no Angelus deste domingo 26 de setembro.
 

Jane Nogara - Vatican News

No Angelus deste domingo (26/09) o Papa Francisco destacou um breve diálogo entre Jesus e o apóstolo João, que fala em nome de todo o grupo de discípulos (Mc 9, 38-41). João fala de um homem que expulsava o demónio em nome do Senhor, e impediram-no de fazê-lo porque não fazia parte do seu grupo. Então o Papa recordou que Jesus convidou a não dificultar os que fazem o bem porque contribuem para a realização do projeto de Deus, explicando:

"As palavras de Jesus revelam uma tentação e oferecem uma exortação. A tentação é a do fechamento. Os discípulos gostariam de impedir uma obra do bem só porque a pessoa que o fez não pertencia ao seu grupo".

“Cada fechamento mantém à distância os que não pensam como nós. Isto - como sabemos - é a raiz de tantos males da história: do absolutismo que muitas vezes gerou ditaduras e de tanta violência contra aqueles que são diferentes”

Comunidades humildes e abertas a todos

Francisco colocou a questão em relação à Igreja recordando a todos “precisamos estar vigilantes também quanto ao fechamento na Igreja” e detalhou “o diabo, que faz a divisão - é isso que a palavra "diabo" significa - sempre insinua suspeitas a fim de dividir e excluir as pessoas. Tenta com astúcia, e pode acontecer como com aqueles discípulos, que chegam ao ponto de excluir até mesmo os que expulsaram o próprio diabo!”

Ponderando em seguida:

“Às vezes nós também, em vez de sermos comunidades humildes e abertas, podemos dar a impressão de sermos ‘os melhores da classe’ e manter os outros à distância; em vez de tentar caminhar com todos, podemos exibir nossa ‘carteira de crentes’ para julgar e excluir”

Superar a tentação de julgar

“Peçamos a graça – continuou o Santo Padre - de superar a tentação de julgar e catalogar, e que Deus nos preserve da mentalidade do ‘nicho’, da mentalidade de nos guardarmos ciosamente no pequeno grupo dos que se consideram bons. O Espírito Santo não quer fechamentos; ele quer abertura, comunidades acolhedoras onde haja lugar para todos”.

Não pactuar com o mal

Francisco fala também da severidade de Jesus ao exortar contra o julgamento impróprio afirmando que “o risco é ser inflexível para com os outros e indulgente para com nós mesmos”. E que “Jesus exorta-nos a não pactuar com o mal”.

“Se alguma coisa em ti é motivo de escândalo, corte-a! Jesus é radical, exigente, mas para o nosso bem, como um bom médico. Cada corte, cada poda, é para crescer melhor e dar frutos no amor”

Então, interroguemo-nos: o que há em mim, contrário ao Evangelho? O que, concretamente, Jesus quer que eu corte na minha vida?”

Vatican News

domingo, 19 de setembro de 2021

Papa: Quer destacar-se? Sirva! Torna-nos livres e mais semelhantes a Jesus

 
 
 "Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo à custa dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum "pequeno", a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não me pode retribuir ou apenas dos meus parentes e amigos?": perguntas a fazermos a nós mesmos, sugeriu Francisco.
 

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Quer destacar-se? Sirva! A nossa fidelidade ao Senhor depende da nossa disponibilidade em servir. O serviço não nos diminui, mas faz-nos crescer. E ao servirmos os esquecidos, que não podem retribuir-nos, “também nós recebemos o terno abraço de Deus”.

O “serviço”, um tema caro ao Papa esteve no centro da sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus neste 25º Domingo do Tempo Comum: “Se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço.”

Dirigindo-se aos peregrinos e turistas reunidos na Praça de S. Pedro para o tradicional encontro dominical, Francisco começou por aplicar a discussão entre os discípulos narrada por Marcos, sobre quem entre eles era o maior. E citou a frase que Jesus lhes disse, uma frase “que vale também para nós hoje” - “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” -, acrescentando que quem quer ser o primeiro, deve ir para a fila, tomar o último lugar "e servir todos".

Quer destacar-se? Sirva!

E justamente esta frase pronunciada pelo Mestre marca uma inversão nos critérios daquilo que realmente importa:

O valor de uma pessoa não depende mais do papel que ela desempenha, do sucesso que tem, do trabalho que faz, do dinheiro no banco; não, não, não, não depende disso; a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, têm um padrão, uma medida diferente: são medidos no serviço. Não no que se tem, mas no que se dá. Quer sobressair? Sirva. Este é o caminho.

Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus

Hoje em dia a palavra "serviço" – disse o Papa – “parece um pouco desbotada, desgastada pelo uso. Mas no Evangelho tem um significado preciso e concreto. Servir não é uma expressão de cortesia: é fazer como Jesus que, resumindo em poucas palavras a sua vida, disse que veio «não para ser servido, mas para servir». Portanto, se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço:

A nossa fidelidade ao Senhor depende da nossa disponibilidade para servir. E isso, bem o sabemos, custa, geralmente isso custa, “tem gosto de cruz”. Mas, à medida que aumenta o cuidado e a disponibilidade para com os outros, tornamo-nos mais livres interiormente, mais semelhantes a Jesus. Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus, sobretudo quando servimos aqueles que não têm nada para nos restituir, os pobres, abraçando as suas dificuldades e necessidades, com a terna compaixão: e ali descobrimos ser, por sua vez, amados e abraçados por Deus.

Em primeiro lugar, servir a quem não pode nos retribuir

Para ilustrar a importância da doação gratuita, Jesus coloca uma criança entre os discípulos, pois "os gestos de Jesus são mais fortes do ue as palavras que usa", observou o Papa. “A criança, no Evangelho – explicou –  não simboliza tanto a inocência mas a pequenez. Porque os pequenos, como as crianças, dependem dos outros, dos grandes, têm necessidade de receber. Jesus abraça aquela criança e diz que quem acolhe um pequenino, uma criança, o acolhe”:

Eis antes de tudo a quem servir: aqueles que têm necessidade de receber e não têm como retribuir. Acolhendo quem está à margem, abandonado, acolhemos Jesus, porque Ele está ali. E num pequeno, num pobre a quem servimos, também nós recebemos o terno abraço de Deus.

O serviço não nos diminui, faz-nos crescer

Interpelados pelo Evangelho, o Papa sugere que nos interroguemos:

Eu, que sigo Jesus, interesso-me por quem é mais abandonado? Ou, como os discípulos naquele dia, estou à procura de gratificações pessoais? Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo às custas dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum "pequeno", a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não me pode retribuir ou apenas dos meus parentes e amigos? São perguntas que podemos fazer a nós mesmos.

Que a Virgem Maria, humilde serva do Senhor, nos ajude a compreender que o serviço não nos diminui, mas faz-nos crescer. E que há mais alegria em dar do que em receber.

Vatican News

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Congresso Eucarístico Internacional, na Hungria - “A Eucaristia é fonte de unidade”

 

Isabel Alçada Cardoso foi uma das delegadas de Lisboa no 52.º Congresso Eucarístico Internacional, que decorreu de 5 a 12 de setembro, em Budapeste, e ao Jornal VOZ DA VERDADE resume os dias em terras húngaras, deixando a certeza de que “a Eucaristia une, é fonte de unidade”. “Como diziam os oradores, a Eucaristia é esta fonte de vida, fonte de missão”, frisa.

Estudiosa do cristianismo antigo, Isabel Alçada Cardoso participou pela primeira vez num Congresso Eucarístico Internacional (CEI) e não podia estar mais satisfeita com os dias vividos em Budapeste, Hungria. “Não só do ponto de vista formativo, como do ponto de vista espiritual, percebemos durante o congresso que a Eucaristia une, é fonte de unidade. Há esta comunhão na diversidade, e que, de alguma forma, a Eucaristia une, tem a mesma linguagem, é com o mesmo espírito, os mesmos gestos, portanto, é esta fonte de unidade. Como diziam os oradores, a Eucaristia é esta fonte de vida, fonte de missão. Isto, para mim, foi totalmente evidente”, partilha esta leiga, ao Jornal VOZ DA VERDADE.
De regresso ao nosso país, Isabel diz mesmo que se sentiu “muito provocada” neste congresso. “Mesmo com os testemunhos face à pandemia e às dificuldades, percebe-se que aquilo que nos une é verdadeiramente a Eucaristia, é Cristo, e Cristo através daquilo que nos mandou fazer, que é a Eucaristia. Pessoalmente, é um grande desafio para este início de ano letivo e ano pastoral, de olhar as coisas com estas perspetivas que brotam da Eucaristia, nos ramos da bondade, da paz, da paciência, da esperança e da fé, como de facto tudo brota e se renova e reinicia na Eucaristia”, acrescenta.

Superar expectativas
A 52.ª edição do Congresso Eucarístico Internacional, de 5 a 12 de setembro, teve como tema ‘«Todas as minhas fontes estão em Ti» (Sl 87,7). A Eucaristia, fonte da vida e da missão da Igreja’ e contou com delegações de vários países, incluindo uma comitiva portuguesa de 26 pessoas, liderada pelo presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, D. José Cordeiro. Isabel Alçada Cardoso e o padre Luís Leal foram os dois representantes do Departamento de Liturgia do Patriarcado de Lisboa no congresso na capital húngara. “Esta semana excedeu todas as expectativas. Completamente. Parti integrada num grupo em que conhecia algumas pessoas, mas a maioria não conhecia, e ia preparada com a curiosidade e sabendo que quem participou tinha feito uma boa experiência nos Congressos Eucarísticos”, esclarece Isabel, garantindo que, “do ponto de vista da organização, quer portuguesa, quer do congresso, há muito tempo que não fazia a experiência de organizações tão cuidadas, a todos os níveis”. “Tenho de destacar o cuidado total e a preocupação contante do senhor D. José Cordeiro por todos, para que nos sentíssemos bem e estivéssemos a fazer uma boa experiência”, observa.
Do ponto de vista do próprio Congresso Eucarístico Internacional, a delegada de Lisboa sublinha que “tudo estava previsto”. “Os horários e os ritmos eram humanos. Começávamos cada dia com as Laudes, depois tínhamos uma catequese, um testemunho e depois a Missa, com as respetivas pausas. À tarde, havia os workshops – o que eles chamavam de programa facultativo –, com quatro conferências, onde cada um escolhia a sua participação. Nós dividíamo-nos e, ao fim do dia, conversávamos sobre as sessões onde tínhamos participado e trocávamos experiências e até os papéis que tinham sido dados. Foi tudo muito interessante”, frisa Isabel, não esquecendo igualmente o “programa cultural” associado à iniciativa. “Eu nunca tinha estado na Hungria, e em particular em Budapeste, e de facto a parte cultural foi também muito cuidada, quer na parte do congresso, quer na parte da organização portuguesa”, garante.

A força dos testemunhos
Na semana do CEI, cada dia estava centrado num tema: a bondade, a paz, a paciência, a esperança e a fé. O sábado, dia 11, foi o dia das famílias e no Domingo teve lugar a Missa de encerramento, com o Papa Francisco. Da semana de congresso, Isabel Alçada Cardoso destaca precisamente a força dos testemunhos, que “eram fundamentais”. “Estávamos ali, num país que, podemos dizer, é o centro da Europa, onde se cruzam países e há um cruzamento entre a Europa do Ocidente e a Europa do Oriente. Um país que atravessou uma história de um país imperial, que depois vai ficar a fazer parte do bloco da União Soviética e que também sofreu toda essa dificuldade, mas que se vem levantando. Foi muito impressionante ouvir um bispo de um país do leste europeu, que deu um testemunho de sofrimento – como seminarista e depois também já ordenado –, e que valorizava a questão da paciência, de como estar diante da realidade com paciência”, partilha a delegada de Lisboa.
Isabel lembra ainda o testemunho de uma biblista. “Uma senhora biblista dizia como, de facto, a paciência é importante até para o perdão. Dizia ela que o perdão obriga a largar, a deixar, e isso só é possível com a oração. A biblista convidou a pedir pelos inimigos e até fez uma oração connosco”, recorda esta leiga, não esquecendo também o “testemunho impressionante” de um bispo de Myanmar, que mais tarde se encontrou com a delegação portuguesa. “Ele fez uma festa enorme aos portugueses, a agradecer-nos e a dizer-nos: ‘Nós somos cristãos porque vocês estiveram lá!’. Foi muito engraçado e muito marcante”, conta.


  • Leia a reportagem completa na edição do dia 19 de setembro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.

Patriarcado de Lisboa

domingo, 12 de setembro de 2021

O Papa: "A «Cruz da Missão» é o símbolo deste Congresso"


Francisco durante a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, em Budapeste  (Vatican Media) 
 
"A cruz plantada no solo, além de convidar enraizarmo-nos bem, ergue e estende os seus braços a todos: exorta a manter firmes as raízes, mas sem entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos aos sedentos do nosso tempo", disse Francisco no Angelus deste domingo.
 

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, neste domingo (12/09), no final da missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, na Praça dos Heróis, em Budapeste, na Hungria.

Eucaristia significa «ação de graças» e, no final desta Celebração que encerra o Congresso Eucarístico Internacional e a minha visita a Budapeste, gostaria de dar graças com todo o coração. Obrigado à grande família cristã húngara, que desejo abraçar nos seus ritos, na sua história, nos irmãos e irmãs católicos e de outras Confissões, todos a caminho rumo à plena unidade.

A seguir, Francisco saudou o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, que ali estava presente, os bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, e a todos os fiéis leigos. Agradeceu também aos que trabalharam na realização do Congresso Eucarístico e na organização da visita, às autoridades civis e religiosas que o acolheram, e disse obrigado em húngaro ao povo da Hungria.

 

 Bartolomeu I e o Papa Francisco durante a missa em Budapeste 

O hino do Congresso refere-se a vós nestes termos: «Durante mil anos, a cruz foi a coluna da vossa salvação; também agora que o sinal de Cristo seja para vós a promessa de um futuro melhor». É isto que eu lvps desejo: que a cruz seja a vossa ponte entre o passado e o futuro. O sentimento religioso é a seiva vital desta nação, tão afeiçoada às suas raízes.

"A cruz plantada no solo, além de convidar a enraizarmo-nos bem, ergue e estende os seus braços a todos: exorta a manter firmes as raízes, mas sem entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos aos sedentos do nosso tempo. O meu desejo é que vós sejais assim: alicerçados e abertos, enraizados e respeitadores", acrescentou.

Vatican News

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Papa: "Maria, a voz dos sem voz para dar à luz um mundo novo"

 
  "Os tempos que vivemos são os tempos de Maria"  
 
“No caminho da cultura da fraternidade, o Espírito chama-nos a acolher mais uma vez o sinal de consolação e esperança segura que tem o nome, o rosto e o coração de Maria”. Palavras do Papa Francisco na sua mensagem aos participantes do 25° Congresso Mariológico Mariano Internacional (on-line) com o tema Maria entre teologia e cultura hoje. Modelos, comunicações e perspetiva
 

Jane Nogara - Vatican News

De 8 a 11 de setembro será realizado o 25° Congresso Mariológico Mariano Internacional (on-line) com o tema Maria entre teologia e cultura hoje. Modelos, comunicações e perspetiva. Para a ocasião o Papa enviou uma mensagem recordando que “a nossa alegria não deve esquecer o grito silencioso de tantos irmãos e irmãs que vivem em condições de grande dificuldade” e que “Maria, na beleza do seu seguimento evangélico e no seu serviço ao bem comum da humanidade e do planeta, ensina-nos sempre a escutar estas vozes, e ela mesma torna-se a voz dos sem voz para dar à luz um mundo novo, onde todos sejamos irmãos, onde haja lugar para cada descartado das nossas sociedades”.

Francisco agradeceu à Pontifícia Academia Mariana Internationalis que há mais de sessenta anos dedica-se ao estudo de Maria reunindo cultores de mariologia no mundo inteiro: “A celebração dos Congressos Marianos Internacionais, ofereceu debates, intuições, ideias e aprofundamentos numa época que transforma ‘rapidamente o modo de viver, de se relacionar, de comunicar e elaborar o pensamento, de comunicar entre as gerações humanas e de compreender e viver a fé. Estes Congressos”, continuou o Papa, “são um claro testemunho de como a Mariologia seja uma presença necessária de diálogo entre culturas, capaz de alimentar a fraternidade e a paz”.

Maria, Mãe de todos presença nas fronteiras

Ao recordar que a teologia e a cultura de inspiração cristã estiveram à altura da sua missão quando souberam, de forma arriscada e fiel, viver na fronteira, Francisco explicou que a Mãe do Senhor tem uma sua específica presença nas fronteiras: “É a Mãe de todos, independentemente de etnia ou nacionalidade. Assim, a figura de Maria torna-se um ponto de referência para uma cultura capaz de superar as barreiras que podem criar divisões. Portanto, no caminho desta cultura da fraternidade, o Espírito chama-nos a acolher mais uma vez o sinal de consolação e esperança segura que tem o nome, o rosto e o coração de Maria, mulher, discípula, mãe e amiga. É ao longo deste caminho que o Espírito continua a dizer-nos" que os tempos em que vivemos são os tempos de Maria".

Bento XVI: o mistério de Maria é o mistério da Palavra de Deus

O Papa recordou as palavras do Papa emérito Bento XVI ao falar que o mistério contido na pessoa de Maria é o mistério da Palavra de Deus encarnada: “Ela  sente-se verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus; esta torna-se Palavra d’Ela, e a sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além disto, fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de Deus, que o d’Ela é um querer juntamente com Deus. Vivendo intimamente permeada pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-Se mãe da Palavra encarnada”.

Piedade popular

Por fim Francisco sublinhou: “Não esqueçamos que é precisamente esta mesma Palavra que alimenta a piedade popular, que se inspira naturalmente na Nossa Senhora, expressando e transmitindo "a vida teologal presente na piedade dos povos cristãos, especialmente nos pobres; uma vida teologal animada pela ação do Espirito Santo, fruto do Evangelho inculturado. O Papa concluiu recordando uma citação de S. Boaventura Bagnoregio ao afirmar que “S. Francisco de Assis circundava a Virgem Maria de imenso amor porque tinha feito Deus nosso irmão”.

Vatican News

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O Papa: "A santidade vem do Espírito Santo, é a gratuitidade da redenção de Jesus"

 
 
 
A catequese de hoje deu início à segunda parte da Carta de S. Paulo aos Gálatas na qual o Apóstolo dos Gentios interpela diretamente os Gálatas, colocando-os diante das escolhas que fizeram e da sua condição atual, que poderia anular a experiência de graça que viveram.
 

Mariangela Jaguraba - Vatican News

"Gálatas insensatos" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (1°/09), realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano.

A catequese de hoje deu início à segunda parte da Carta de S. Paulo aos Gálatas na qual o Apóstolo dos Gentios interpela diretamente os Gálatas, colocando-os "diante das escolhas que fizeram e da sua condição atual, que poderia anular a experiência de graça que viveram".

Os termos com os quais o Apóstolo se dirige aos Gálatas certamente não são gentis. mas noutras Cartas é fácil encontrar a expressão “irmãos” ou “caríssimos”, aqui não. Diz genericamente “Gálatas” e duas vezes chamas-lhe “insensatos”. Não o faz porque não são inteligentes, mas porque, quase sem perceber, correm o risco de perder a fé em Cristo que aceitaram com tanto entusiasmo. São insensatos por não perceberem que o perigo é o de perder o precioso tesouro, a beleza da novidade de Cristo.  A maravilha e a tristeza do Apóstolo são evidentes. Não sem amargura, ele provoca esses cristãos a lembrarem-se do primeiro anúncio feito por ele, através do qual lhes ofereceu a possibilidade de adquirirem uma liberdade até então inesperada.

Ação do Espírito Santo nas comunidades

Segundo o Papa, o Apóstolo "faz perguntas aos Gálatas a fim de despertar as suas consciências. Trata-se de questões retóricas, pois os Gálatas sabem muito bem que a sua chegada à fé em Cristo é fruto da graça recebida através da pregação do Evangelho. A palavra que ouviram de Paulo centrou-se no amor de Deus, plenamente manifestado na morte e ressurreição de Jesus. Os Gálatas devem olhar para este evento, sem se deixarem distrair por outros anúncios. A intenção de Paulo é colocar os cristãos em condições para que percebam o que está em jogo e não se deixem encantar pela voz das sereias que os querem conduzir a uma religiosidade baseada unicamente na observância escrupulosa dos preceitos".

Os Gálatas experimentaram também a ação do Espírito Santo nas comunidades. "Ao serem colocados à prova, tiveram de responder que quanto tinham vivido era fruto da novidade do Espírito. No início da sua chegada à fé, portanto, estava a iniciativa de Deus e não a dos homens. O Espírito Santo tinha sido o protagonista da sua experiência; colocá-lo agora em segundo plano a fim de dar primazia às próprias obras seria uma insensatez. A santidade vem do Espírito Santo e essa é a gratuidade da redenção de Jesus: isto nos justifica", disse ainda o Papa.

Deus continua a conceder os seus dons

S. Paulo convida-nos também a refletir sobre a forma como vivemos a fé. "Será que o amor de Cristo crucificado e ressuscitado permanece no centro da nossa vida quotidiana como fonte de salvação, ou será que nos contentamos com algumas formalidades religiosas para estar em paz com a nossa consciência? Estamos apegados ao tesouro precioso, à beleza da novidade de Cristo, ou preferimos algo que neste momento nos atrai, mas que depois nos deixa vazios por dentro?"

“O efêmero bate muitas vezes à porta dos nossos dias, mas é uma triste ilusão, que nos faz cair na superficialidade e nos impede de discernir aquilo pelo qual realmente vale a pena viver.”

O Papa convidou-nos a manter a certeza de que, "mesmo quando somos tentados a afatar-mo-nos, Deus continua a concer os seus dons".

Uma ascese sábia e não artificial

Na história, sempre e também hoje, acontecem coisas semelhantes ao que aconteceu aos Gálatas. Também hoje, ouvimos alguém que diz: "Não, a santidade está nestes preceitos, nestas coisas, vocês têm que fazer isto ou aquilo, e isto leva-nos a uma religiosidade rígida, de rigidez que nos tira aquela liberdade no Espírito que a redenção de Cristo nos dá. Cuidado com a rigidez que te é proposta. Por trás de toda rigidez existe algo mau, não há o Espírito de Deus. Esta carta ajudar-nos-á a não dar ouvidos a essas propostas um pouco fundamentalistas que nos fazem regredir na nossa vida espiritual, e nos ajudará a ir adiante na vocação pascal de Jesus.

Francisco concluiu a sua catequese, dizendo que, apesar de todas as dificuldades que possamos colocar à ação do Espírito, "não obstante os nossos pecados, Deus não nos abandona, mas permanece connosco com o seu amor misericordioso. Deus está sempre perto de nós com a sua bondade. Peçamos a sabedoria de percebermos sempre essa realidade e mandar embora os fundamentalistas que nos propõem um caminho de ascese artificial, distante da ressurreição de Cristo. A ascese é necessária, mas uma ascese sábia e não artificial".

Vatican News

Carta aos diocesanos de Lisboa, no início do ano pastoral 2021-2022

 

Caríssimos irmãos e irmãs do Patriarcado de Lisboa

1. É com muita proximidade e estima que vos saúdo no início do novo ano pastoral de 2021-22. Com os irmãos Bispos que comigo servem a Diocese, desejo que vos traga muitas oportunidades de crescimento na fé e na caridade de Cristo, em convivência fraterna e corresponsabilidade missionária. E especialmente agora, quando participamos responsavelmente no esforço da sociedade em geral para debelar a pandemia e garantir um bom futuro, que só o será se for realmente para todos. 
O Documento final da caminhada sinodal de Lisboa (2014-2021), a que podeis aceder facilmente no “site” do Patriarcado, enumera no seu número 20 algumas “opções pastorais prioritárias” que devemos ter muito em conta. Proponho mesmo que nas reuniões que fizermos nesta altura com os colaboradores pastorais mais diretos, das paróquias e vigararias aos movimentos e grupos, se releia este número do Documento, no sentido de concretizar tais opções, conforme cada local ou setor. Na verdade, resume muito do que se pensou e ensaiou ao longo da caminhada sinodal, enriquecida com a colaboração e a oração de milhares de diocesanos – no próximo número da Vida Católica podereis ler quanto se refere à fase de receção do nosso Sínodo. 

2. A primeira alínea das referidas opções pastorais indica precisamente «dar continuidade ao processo de receção da Constituição Sinodal de Lisboa, promovendo dinâmicas sinodais…».
É também o melhor modo de correspondermos ao que o Papa Francisco nos pede em ordem ao próximo Sínodo dos Bispos, que versará a sinodalidade na Igreja. Não encontraríamos melhor modo de contribuir para tal objetivo do que partilharmos as conclusões do que fizemos e projetámos durante os últimos sete anos. E assim faremos certamente.
As opções pastorais prioritárias selecionadas pelo nosso caminho sinodal  sublinham, com a “promoção de dinâmicas sinodais”, a “pastoral juvenil e universitária”, a “resposta aos desafios que enfrentam as IPSS”, a “pertinência da constituição de unidades pastorais”, e “proporcionar verdadeiras experiências de anúncio do Evangelho no contexto da preparação e vivência da JMJ 2023”. A promoção de dinâmicas sinodais é transversal a todas as opções. 
Não poderia ser doutro modo, pois é assim que Deus vive e atua - do Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Foi também assim que Jesus atuou, chamando e enviando discípulos, cuja unidade garantiu a autenticidade cristã do que foram e fizeram, como agora acontecerá connosco. Educar para conviver e agir “sinodalmente” é parte essencial da iniciação cristã e da vida eclesial no seu todo. 
Conselhos pastorais e económicos, paróquia a paróquia e a nível diocesano, que realmente se estabeleçam e corretamente funcionem; encontros vicariais de ministros ordenados e de ministérios e serviços laicais: tudo isto é prioritário, como o nosso Sínodo realçou e muito importa cumprir.  
Por vezes, a urgência das respostas a dar e dos objetivos a atingir pode apressar em termos individuais o que devíamos realizar ouvindo e caminhando com os outros. Mas isso será trazer para o âmbito eclesial o que é da vida corrente, mais do que da vida cristã propriamente dita. Bem pelo contrário, o incremento da sinodalidade em todos os âmbitos da vida da Igreja, comunidade a comunidade e das vigararias à diocese, é indispensável para nos evangelizarmos na ação. 
Alguém lembrou já que “o mais importante de qualquer reunião é a própria reunião”, se for momento verdadeiramente eclesial, de reconhecimento mútuo e escuta atenta de cada um. Daí mesmo, e começando todos por escutar a Deus, sairá algo de evangelizador e criativo, como inúmeras passagens bíblicas nos repetem.

3. A pastoral juvenil e universitária é a segunda alínea das “opções prioritárias” que o nosso Sínodo indicou, propondo a criação de espaços de referência para o desenvolvimento espiritual e o acompanhamento vocacional e mútuo. Tudo o que respeita a este setor da pastoral tem especial acuidade no horizonte cada vez mais próximo da Jornada Mundial da Juventude, que é muito mais do que um evento a acontecer: é um processo em curso e criador de bom futuro.
Como já partilhei, a principal motivação que me levou a propor ao Papa Francisco a realização da JMJ em Lisboa proveio das realidades juvenis católicas, com várias interligações eclesiais (movimentos, dioceses, paróquias, institutos religiosos e seculares), que me sugeriram fazê-lo. Quem reparar no que vem acontecendo com Missões País, Núcleos de Estudantes Católicos, Campos de Férias e iniciativas de voluntariado juvenil, apercebe-se do grande potencial evangelizador que contêm. Ligam-se também a movimentos juvenis e universitários em cujos centros e espaços de referência se atingem os objetivos de formação cristã, acompanhamento espiritual e discernimento vocacional, com fruto comprovado. Contamos particularmente com o Escutismo Católico (CNE), que em 2023 completará o seu centenário em Portugal. 
Tudo isto se pode e deve incrementar, rumo à JMJ, como já vai acontecendo nos encontros do dia 23 de cada mês e com iniciativas missionárias que motivam a participação. Irão também aumentando os pedidos de colaboração à medida do tempo que se acelera. Momento alto será certamente a próxima Solenidade de Cristo Rei (21 de novembro) – Dia Diocesano da Juventude. Aliás, a última alínea das opções pastorais prioritárias que o nosso Sínodo deixou refere-se precisamente a experiências de anúncio do Evangelho no contexto da preparação e vivência da JMJ 2023. Com os jovens e para nos rejuvenescer evangelicamente a todos. 

4. É também sinodalmente, que poderemos responder aos “desafios que enfrentam as IPSS”, quer as que “são da Igreja” quer aquelas em que também “está a Igreja”, porque nelas estão cristãos. 
Além do setor público e do privado, o setor social em que se inserem as IPSS respondeu prontamente a muitas necessidades que a pandemia trouxe ou agravou. Dou graças a Deus por tanto bem que se fez através delas. Mas isto mesmo nos leva a redobrar esforços para as defender e fortalecer, como para evidenciar diante das entidades públicas e da população em geral que a existência e o bom funcionamento das IPSS são essenciais para desenvolver sentimentos e práticas que nos constituam somo “sociedade” propriamente dita.
Criámos na diocese a Federação Solicitude, para melhor atingirmos tal objetivo e verifico com gratidão e agrado que vai prosseguindo o seu bom caminho, aliás não exclusivo no vasto campo da entreajuda institucional. Importa muito que as comunidades, paroquiais e outras, sintam que as instituições sociocaritativas também são “suas” e lhes requerem a devida colaboração. Não está em causa a autonomia institucional que justamente têm, mas não se esquece a motivação comum que a todos nos liga. Centros Sociais Paroquiais e Cáritas (diocesana e paroquiais), Conferências Vicentinas e Misericórdias, Lares e muitas outras iniciativas solidárias: a tudo devemos interesse e apoio.

5. Outra opção pastoral indicada pelo Sínodo diocesano refere-se à pertinência da constituição de unidades pastorais, integrando as diversas realidades eclesiais, com maior interligação de entidades e clareza de gestão.
Por “unidade pastoral” não se entende meramente o facto de várias comunidades e instituições poderem estar confiadas a um ou mais ministros ordenados. Pretende-se, isso sim, que as paróquias e realidades eclesiais presentes em determinado espaço territorial ou sociocultural colaborem realmente na definição e prossecução de objetivos pastorais comuns. Colaboração que envolve certamente a padres e diáconos, mas não menos os fiéis leigos e os consagrados ali presentes e atuantes, tanto no que respeita à Palavra de Deus e à Catequese, como na Liturgia e na ação sociocaritativa. 
Alguma coisa se fez já nesse sentido – Missões Vicariais e Semanas Vicariais da Caridade, por exemplo, bem como muitos encontros de formação para fiéis de várias paróquias ou para a preparação de batismos e matrimónios – e por aqui havemos de prosseguir. Tanto mais quanto a urbanização generalizada faz com que a vida em geral também aconteça cada vez mais assim, originando vários contactos e pertenças, muito para além da residência territorial. Para já e sobretudo, atendamos ao que nos está mais próximo, paróquia a paróquia e setor a setor.  

Caríssimos diocesanos, desejo-vos as maiores felicidades pessoais, familiares e comunitárias neste novo ano pastoral. Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos inspire - Ela que não demorou na primeira evangelização do mundo, levando em si mesma a Cristo, que todos aguardavam!


Lisboa, 1 de setembro de 2021

+ Manuel, Cardeal-Patriarca, com os irmãos Bispos que comigo servem a Diocese

Patriarcado de Lisboa