quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Guerra após a pandemia: ameaça à humanidade

 
 Conflito na Ucrânia - Rússia (ANSA) 
 
O ataque à Ucrânia já começou. Uma guerra na Europa no século XXI parecia impossível. Os riscos de degeneração são inimagináveis. O Papa pede-nos para contrastar o poder das armas com a fraqueza da oração
 

Sergio Centofanti - Vatican News

Alguns não acreditavam. Uma guerra na Europa no terceiro milénio: improvável, quase impossível. Agora já há muitos mortos. Teme-se um banho de sangue. As habituais vítimas inocentes e indefesas, que gostariam de viver em paz com os outros, com todos, mesmo que tivessem uma bandeira diferente. Os poderosos não se importam com os fracos que sucumbem. Há muitos Herodes cínicos em circulação. O massacre dos inocentes não cessa. Depois dos sofrimentos causados pela pandemia, vem o luto de um conflito que não sabemos como poderá degenerar.

Alguns têm evocado o risco de uma terceira guerra mundial. Continuamos a acreditar que isto é impossível. Continuamos a pensar que a humanidade não será suficientemente louca para cair novamente numa guerra. Porque a guerra é uma loucura, é insensata. É demoníaca. E o diabo quer destruir a vida, quer destruir o mundo. Hoje há armas letais suficientes para atingir o seu objetivo. Não tomemos a paz no mundo como algo dado por certo.

O Papa Francisco, repleto de angústia e preocupação, pede Oração e jejum pela paz. A fraqueza da oração contra o poder das armas. Quem vai querer acreditar nisto? Quem oporá a ascese mansa do jejum contra a força dos canhões? A oração une-nos ao Pai e faz-nos irmãos, o jejum tira-nos algo para compartilhar com os outros: mesmo que o outro seja um inimigo.

A oração é a verdadeira revolução que muda o mundo porque muda os corações. Temos poucos recursos contra as guerras porque, sem eximir-nos de qualquer responsabilidade, o diabo fomenta-as, com ódio, astúcia, maldade. Jesus diz: "Este tipo de demónios não pode ser expulso de nenhuma maneira, a não ser através da oração".

Vatican News

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