Andressa Collet - Vatican News
Neste Segundo Domingo de Páscoa e da Divina Misericórdia, o Papa Francisco, na alocução que precedeu a oração mariana do Regina Caeli na Praça de São Pedro, refletiu sobre o Evangelho que traz as duas aparições de Jesus Ressuscitado aos discípulos e, em particular, a Tomé (cf. Jo 20,24-29). O "Apóstolo incrédulo", comentou o Pontífice, não foi o único com dificuldades para acreditar, mas acaba representando "um pouco de todos nós. De facto, nem sempre é fácil acreditar", especialmente após sofrer deceções, como no caso de Tomé, que viu o Mestre a ser colocado na cruz como um delinquente: "como confiar novamente?", ponderou o Papa.
Encontrar Jesus np meio da comunidade
Assim, enquanto Tomé saiu, recordou o Papa, Jesus apareceu pela primeira vez aos discípulos na noite de Páscoa e o discípulo não acreditou. E Cristo Ressuscitado fê-lo pela segunda vez, oito dias depois, ao aparecer no meio dos seus discípulos, mostrando as suas feridas, "a prova do seu amor, os canais sempre abertos da sua misericórdia".
É na comunidade que encontramos Jesus, enfatizou o Papa, onde encontramos "os sinais das feridas: os sinais do Amor que vence o ódio, do Perdão que desarma a vingança, da Vida que vence a morte". No meio dos irmãos, também se partilha "momentos de dúvida e de medo, agarrando-nos ainda mais firmemente a eles".
O Papa Francisco finalizou a reflexão deste domingo (16) pedindo a
intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia, para nos ajudar "a
amar a Igreja e a torná-la um lar acolhedor para todos", mesmo no meio
às dificuldades:
"Apesar de todas as suas limitações e quedas, que são as nossas limitações e as nossas quedas, a nossa Igreja Mãe é o Corpo de Cristo; e é ali, no Corpo de Cristo, que se encontram impressos, mais uma vez e para sempre, os maiores sinais do seu amor. Vamos interrogarmo-nos, porém, se, em nome desse amor, em nome das feridas de Jesus, estamos dispostos a abrir os braços a quem está ferido na vida, sem excluir ninguém da misericórdia de Deus, mas acolhendo todos; cada um como um irmão, como uma irmã. Deus acolhe todos."
Vatican News
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