Raimundo de Lima – Vatican News
Um cristão que não é ativo, que não é responsável pelo trabalho de proclamar o Senhor e que não é o protagonista de sua fé não é um cristão ou, como minha avó costumava dizer, é um cristão do tipo "água de rosas": disse o Santo Padre no Angelus ao meio-dia deste domingo, 21 de janeiro, III Domingo do Tempo Comum e V Domingo da Palavra de Deus.
Comentando o Evangelho do dia, Francisco ressaltou que o mesmo narra a vocação dos primeiros discípulos (cf. Mc 1,14-20). Chamar outros para se juntarem à sua missão é uma das primeiras coisas que Jesus faz no início da sua vida pública: Ele se aproxima-se de alguns jovens pescadores e convida-os a segui-Lo para "tornarem-se pescadores de homens". E isto diz-nos algo importante - observou: o Senhor ama envolver-nos na sua obra de salvação, quer que sejamos ativos com Ele, responsáveis e protagonistas.
Ele não precisaria disso, mas o fá-lo, mesmo que isso signifique assumir muitas de nossas limitações. Olhemos, por exemplo, para a paciência que teve com os discípulos: frequentemente não compreendiam as suas palavras, às vezes discordavam entre si, por muito tempo não conseguiam aceitar aspetos essenciais da sua pregação, como o serviço. No entanto, Jesus escolheu-os e continuou a acreditar neles.
Mas isso é importante, o Senhor nos escolheu-nos para sermos cristãos. E nós somos pecadores, aprontamos uma coisa atrás da outra... Mas o Senhor continua a acreditar em nós, a acreditar em nós. É maravilhoso isso do Senhor.
De facto, prosseguiu o Pontífice, trazer a salvação de Deus a todos foi a maior felicidade de Jesus, a sua missão, o sentido da sua existência entre nós (cf. Jo 6,38). E em cada palavra e ação com as quais nos unimos a Ele, na bonita aventura de doar amor, a luz e a alegria multiplicam-se: não apenas em nosso redor, mas também dentro de nós.
Anunciar o Evangelho, portanto, não é tempo perdido ajudando os outros a serem livres; é tornarmo-nos melhor ajudando os outros a serem melhores!
Francisco concluiu deixando-nos algumas interrogações para nossa reflexão pessoal.
Então, perguntemo-nos: eu paro de vez em quando para recordar a alegria que cresceu em mim e em meu redor quando aceitei o chamamento para conhecer e testemunhar Jesus? E quando rezo, agradeço ao Senhor por me ter chamado para tornar os outros felizes? Por fim: desejo fazer com que outras pessoas experimentem, por meio do meu testemunho e da minha alegria, quão bonito é amar Jesus?
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