Raimundo de Lima – Vatican News
No términus da Eucaristia presidida pelo Papa na Basílica de São Pedro, antes da bênção final da Missa deste Domingo de Ramos, em que celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, Francisco conduziu o Angelus.
Na alocução que precedeu a oração mariana, Francisco ressaltou que entramos na Semana Santa, recordando que pela segunda vez a vivemos em contexto da pandemia. “No ano passado estávamos mais chocados, este ano estamos mais provados. E a crise económica tornou-se grave”, frisou.
Deus toma a cruz, Jesus toma a cruz
“Nesta situação histórica e social, o que faz Deus? Toma a cruz. Jesus toma a tua cruz, ou seja, assume o peso do mal que tal realidade implica, o mal físico, psicológico e sobretudo espiritual, porque o Maligno aproveita-se das crises para semear desconfiança, desespero e discórdia”, continuou o Pontífice.
“E nós? O que devemos fazer? A Virgem Maria, a Mãe de Jesus que é também a sua primeira discípula, mostra-nos. Ela seguiu o seu Filho. Tomou sobre si a sua própria parcela de sofrimento, de escuridão, de abatimento, e percorreu o caminho da paixão, mantendo a lâmpada da fé acesa no seu coração. Com a graça de Deus, também nós podemos fazer este caminho”, exortou o Papa, acrescentando:
“Ao longo da via-sacra diária, encontramos os rostos de tantos irmãos e irmãs em dificuldade: não passemos adiante, deixemos que o coração seja movido para a compaixão e nos aproximemos. No momento, como o Cirineu, poderemos pensar: "Por que logo eu?" Mas depois descobriremos o presente que, sem o nosso mérito, nos foi dado. Que Nossa Senhora, que nos precede sempre no caminho da fé, nos ajude.”
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