Vatican News
Após a oração mariana do Angelus neste 16 de julho, XV Domingo do Tempo Comum, o Papa quis recordar "que há oitenta anos, em 19 de julho de 43, alguns bairros de Roma, especialmente S. Lourenço, foram bombardeados". O trágico aniversário foi para o Pontífice a ocasião, mais uma vez, para renovar o "não" à guerra e à perda da memória histórica.
"Será que perdemos nossa memória?"
"Infelizmente, até hoje estas tragédias repetem-se. Como é possível? Será que perdemos a nossa memória? Que o Senhor tenha piedade de nós e liberte a família humana do flagelo da guerra. Em particular, pedimos pelo querido povo ucraniano que está a sofrer tanto".
Esta é, de facto, a oração de Francisco, que também recordou a solícita proximidade com as vítimas demonstrada na época pelo Pontífice, que visitou as ruínas, os mortos e os feridos, cercado pelos romanos que o aplaudiram gritando paz.
O venerável Papa Pio II quis ir para o meio do povo chocado...
Na Cidade Eterna, 3 mil mortos e 11 mil feridos
Somente no bairro romano de S. Lourenço houve 717 mortos e 4 mil feridos, mas na cidade o número de mortos foi muito maior: 3 mil mortos e 11 mil feridos nos bairros Tiburtino, Prenestino, Casilino, Labicano, Tuscolano e Nomentano, que também foram bombardeados. Conforme testemunhado no local do Museu Histórico da Libertação, na Rua Tasso, 10 mil casas foram destruídas e 40 mil cidadãos ficaram sem-teto. Este foi o primeiro bombardeamento sobre Roma, no bairro San Lorenzo, em 19 de julho de 1943.
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