Jane Nogara - Vatican News
No Angelus desta Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco falou sobre a Anunciação a Maria do Evangelho de Lucas. Logo no início recordou-nos que o Anjo a chama de “cheia de graça”, um nome que Maria desconhecia até então.
Reconhecer a nossa graça original
Pensemos na surpresa de Maria, que só então descobriu “a sua identidade mais verdadeira”, disse o Papa. “Algo semelhante também pode acontecer connsco. Em que sentido?” e disse:
A nossa beleza original
Neste ponto perguntamos a nós mesmos, do que se trata. “Trata-se”, explicou o Papa, “do que recebemos no dia do nosso Batismo, por isso faz-nos bem recordarmos e também festejarmos! Pois no Batismo, Deus desceu às nossas vidas, tornámo-nos seus filhos amados para sempre. Esta é a nossa beleza original, da qual nos alegrarmos!”. Francisco recordou-nos que hoje, Maria, surpreendida pela graça que a tornou bela desde o primeiro momento da sua vida, leva-nos a maravilhar-nos com a nossa beleza. “Podemos apreendê-lo através de uma imagem: a do manto branco do Batismo”, porque descobrimos que, “sob o mal com o qual nos manchamos ao longo dos anos, há em nós um bem maior”.
A nossa graça original
Ponderando seguidamente: "Quando as coisas não vão bem e ficamos desanimados, quando ficamos abatidos e corremos o risco de nos sentirmos inúteis ou errados, pensemos nisto, na graça original".
O custo de preservar nossa beleza
“Hoje, a Palavra de Deus ensina-nos outra coisa importante: que preservar nossa beleza requer um custo, uma luta. De facto”, afirmou ainda:
Acrescentando, “também sabemos por experiência: é difícil escolher o bem, guardar o bem que está dentro de nós. Pensemos, quantas vezes o desperdiçamos cedendo às seduções do mal, sendo espertos pelos nossos próprios interesses ou fazendo algo que poluiria os ossos corações”.
O consolo
“Mas diante de tudo isto” consola-nos o Santo Padre, “hoje temos boas notícias: Maria, a única criatura humana sem pecado na história, está connosco na luta, ela é nossa irmã e, sobretudo, nossa Mãe. E nós, que lutamos para escolher o bem, podemos confiar-nos a ela. Confiando-nos, consagrando-nos a Nossa Senhora, nós dizemos-lhe: ‘Segura a minha mão, guia-me: contigo terei mais força na luta contra o mal, contigo redescobrirei a minha beleza original’”. Francisco pede ainda outra oração para hoje, confiando-nos a Maria, todos os dias: "Maria, confio a ti a minha vida, a minha família, o meu trabalho, o meu coração e as minhas lutas. Eu me consagro a ti".
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